Casa da Cultura retoma atividades em Juazeiro após 2 anos

Há dois anos sem recursos, a Casa da Cultura Jordélio de Souza, em Juazeiro, voltou a funcionar nesta quinta-feira, 05. A unidade, que trabalha com crianças e adolescentes em projetos sócio-culturais, funcionou até o mês passado com apenas 50% de sua capacidade.

Um projeto aprovado pelo Conselho Estadual da Criança e do Adolescente (CECA) através da Secretaria de Desenvolvimento Social, disponibilizará R$ 50 mil em duas parcelas para viabilizar o retorno das oficinas em fevereiro. Cerca de 250 crianças de bairros periféricos do município serão atendidas pela casa.

Serão oferecidas oficinas de balé, xadrez, percussão, filarmônica, literatura, artes plásticas, dança popular, circo e teatro. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas na Casa da Cultura de segunda a sexta-feira. As oficinas são voltadas para crianças entre 7 e 17 anos.

Outros projetos que garantirão mais recursos para a casa estão aguardando aprovação do município e do estado. Já que "os recursos conseguidos devem ser suficientes para apenas 5 meses de trabalho" informa Adegivaldo da Silva, coordenador do Núcleo de Arte e Educação Nego D’Água(Naenda), organização não governamental que desenvolve projetos sociais e culturais na região.

Segundo o Adegivaldo, seria preciso R$ 12 mil mensais para fazer funcionar toda a estrutura que envolve a Casa da Cultura. “O dinheiro que receberemos do CECA será aplicado em compra de equipamentos, material didático e em pessoal”, disse.
Com aluguel de R$ 250, a Casa da Cultura que foi fundada há seis anos funciona com um coordenador, 10 arte educadores, dois coordenadores pedagógicos, um assistente social, um técnico administrativo, um técnico áudio-visual e uma pessoa nos serviços gerais. Durante a reabertura oficial, aconteceram apresentações culturais de crianças e adolescentes atendidas pela Casa.
A secretária de Desenvolvimento e Igualdade Social do município, Maria José Soares, lembrou que o município vive um momento ruim por conta do tráfico de drogas. “Projetos assim é que vão proporcionar a crianças e adolescentes momentos de cultura e lazer”, afirmou.
Na opinião de Márcio Ângelo Ribeiro, diretor do Centro de Cultura João Gilberto, a Casa da Cultura já é uma parte da comunidade com grande poder de transformação tendo “a arte e a cultura como forma de defesa”.

Matéria do Jornal A ATarde